Wild Thing

Óleo sobre tela, 2020
40 x 30 cm
Vendido

Um retrato em brasa, entre êxtase e rito: o corpo se contorce, a chama ascende como um solo elevado ao sagrado profano. Em óleo sobre tela, pincelada espessa e cromas quentes (amarelos e carmins) instauram a atmosfera de palco — memória da performance incendiária que cristalizou a canção “Wild Thing” como mito.

A tela original já foi vendida. Reproduções disponíveis na Colab55
Produtos derivados disponíveis na Colab55

Tags relacionadas:             

“Wild Thing” atravessa a história da música como faísca: aqui, a pintura captura não o documento do acontecimento, mas sua temperatura emocional. A figura — olhos semicerrados, mãos erguidas — é consumida por um vermelho ritual que se adensa no centro: a chama. A cor não ilustra; queima. O gesto pictórico pulsa como rock: impuro, urgente, psicodélico.

Inspirada na cena antológica de 1967, quando a lenda da guitarra Jimi Hendrix transformou o palco em altar, a obra desloca o evento para a linguagem da arte contemporânea brasileira. O fundo quase negro engole os contornos, enquanto amarelos e vermelhos — empastados, vibrantes — constroem um corpo luminoso, feito de tinta e calor. Não há descrição literal: há estado de transe.

Como pintura, “Wild Thing” trabalha o contraste entre luz e sombra (tenebrismo filtrado pela psicodelia), aproxima o espectador do instante-limite onde som vira imagem. É um estudo sobre performance, desejo e sacrifício do objeto (a chama como oferenda), mas também sobre a permanência do ícone — aquilo que fica quando o show termina: cor, gesto, mito.

Relacionados

×





Escanear o código